sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Ame Aquele Amor


Amor, palavra tão curta de significado tão grande. Sentimento tão simples de proporções complexas. Como entendê-lo? Esquece. Nunca o entenderemos. Sintamos. É melhor e mais certo. Pedimos por amor. Procuramos por amor. Imploramos por amor, e quando o achamos ficamos feito bobos sem saber o que fazer dele e com ele, o amor. E aí? Saia dizendo tudo que quero, enfio o pé no acelerador, mergulho nessa piscina de emoções; tiro os pés no chão e vivo sem pensar no amanhã, ou me mantenho na minha pra ver o que acontece? Quem sabe? Eu? Você? Eles? Quem? Acho que ninguém. Cada um ama de um jeito e de uma forma diferente. Um amor, o amor, nunca é igual, nem nunca será. Graças a Deus!

Penso que o amor é simples. É o que é. Somente amor. Penso que o amor não é um menininho tímido, nem um cafajeste ousado. Ele é apenas o que deve ser, amor. E como entendê-lo ou deixá-lo ir, quando chega a hora dele ir? Meu Deus! Como? E o meu coração? E os meus sentimentos? Quem pensa em mim? Porque o amor é tão ruim? Porque ele faz isso comigo? Eu preciso dele! Eu não vivo sem ele! Eu vou prendê-lo! Nesse momento é como se todos os anjos gritassem em coro: - "Nããããããããoooo..." pois sabem que prender um amor, é o mesmo que torturá-lo diariamente com doses de esperança que não existem e não cabem mais ali entre duas pessoas.

Alguns choram. Outros bebem. Muitos desejam morrer. Mas será que vale mesmo a pena? Quantos tombos? Quantos tropeços? Quantos erros? Quanto levamos na cara durante a vida pra aprender a viver o hoje sem se prender ao passado e sem se preocupar com o futuro? Me diz, quantos? Muitos? Inúmeros? Milhares? Sei lá. Mas o amor sabe, ele sempre sabe. O coração sempre sabe o que a cabeça confunde. Nós é que somos eternas crianças perdidas nesse playground enorme chamado amor. Mas peraí! Com amor não se brinca! Claro que se brinca. Se não brincarmos com o amor. Não jogarmos com o amor, como aprenderemos como lidar com o amor? Levar o amor sério? Tô fora! Vou mais é brincar! Vou mais é me divertir, vou mais é... Ih, meu coração tá estranho... Aquele alguém não me sai da cabeça, é... Ih, olha lá o amor dando as caras de novo!

E assim a vida segue. Um amor precisa ir pra que outro chegue. Um amor precisa ser livre pra que possamos voltar a respirar. Sufocar o coração com tristezas, angústias, mágoas e encharcá-lo com nossas lágrimas porque perdemos um amor não vai fazer com que aprendamos a lidar e a viver o amor, um amor, ou quem sabe um grande amor. Vai nos limitar a sofrer por amor. Somente isso. Sofrer por amor. Quando você está com uma pessoa você sofre por ela ou você simplesmente a ama? Então que amemos o amor. Amemos amar a forma como o amor nos é apresentado. As diferentes e inúmeras formas que ele nos chega. E por fim, aprendamos a dizer adeus quando ele decide partir. Mas Deus! Como isso é difícil! E quem foi que disse que seria fácil, deve dizer Deus de algum lugar desse mundo. É, quem disse?

Se precisamos libertar um amor, pra que outro no tempo certo, sem pressa e sem atropelos chegue novamente em nossas vidas, isso não seria injusto? Isso não seria sujo? Não seria imoral? Não. Não seria e não é nada disso. Pois até que um outro amor bata a nossa porta e aos poucos vá se mostrando e mostrando a que veio; outro amor está ali aos nossos pés, implorando, suplicando pra que seja vivido e nós tão presos no nosso egoísmo infantil esquecemos dele, nem ligamos pra ele. Ele nos manda flores. Nos rouba sorrisos. É super atencioso. Nos entende. Nos conhece. E principalmente nos ama incondicionalmente. Mas nós, ah, nós nem ligamos pra ele. Ele não ajuda em nada, é o que pensamos. Mas na verdade, ele só tenta nos mostrar que sem viver esse amor, outro não pode ser vivido com maturidade, certeza e intensidade. Então ele continua ali, lá, nos cercando, implorando pra ser visto. Suplicando pra ser amado; e nós... Bom, continuamos sofrendo pelo amor que foi, e nos esquecemos de viver o amor que mais importa nessa vida, o amor próprio.

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